O álbum “Não sou tão forte” é sobre depender e confiar em Deus, expondo de maneira espiritual, poética e por vezes até divertida nossas limitações e fragilidade humana, trazendo lembretes de que se estamos fracos aí que estaremos fortes se estivermos em Deus. Traz uma sonoridade moderna e alternativa seguindo o estilo próprio da cantora de compor, misturando os estilos musicais como: reggae, folk, pop, rural…
São composições próprias, com produção da própria cantora o qual contou, em algumas faixas, com colaboração de co-produção de Giba Moojen. O álbum contém 10 faixas, as quais boa parte já haviam seido lançadas como singles e, agora no lançamento contará com 3 inéditas: “Não sou tão forte, “Penas” e “O Nome mais bonito”.
“Não sou tão forte” é o single de trabalho e ganhou um clipe com participação de seu amigo Hélvio Sodré e a participação especial do marido de Marcela, Samuel Antunes, tocando violino. (Uma curiosidade é que a música fez parte do Projeto “Fé, amigos e poesia” que além de Hélvio e Marcela, ainda contava com Bruno Branco, mas nunca havia sido gravada)
Durante o tempo de composição e produção do álbum, Marcela teve experiências pessoais que acabaram permeando o trabalho em si, quem a segue nas redes sociais teve várias dicas destes seus momentos e quem já acompanha nestes 10 anos seus trabalhos sabe que ela vem seguindo esta linha desde então, expressando em canções as realidades naturais da vida, e nada mais real do que esta verdade universal que nos une: “Não somos tão fortes”, não o quanto pensamos ou queremos.
Ela explora claramente este conceito tanto na canção título tanto como nas outras canções, mas, de variados ângulos, como desde alguém buscando sua cura física, emocional e espiritual na canção “Paciente”, e o qual veio bastante de encontro neste momento de pandemia, quanto nas canções “Penas” e “Coração humano” que de maneira carinhosa e amigável adverte o ouvinte sobre os perigos da auto sabotagem, das desculpas perigosas que constantemente nos damos e com isso, nos limita viver coisas melhores.
Em “Sobrevivi” fala de quem já superou dificuldades com esta ajuda e força de Deus. Já em “Vai passar rápido” lembra-nos da brevidade da vida, em “Idolatria” aborda nossa falta de tempo com Deus, questionando também os excessos tóxicos que andamos tendo principalmente nestes tempos modernos, como o das redes sociais.
Em “Botas velhas”, com tom saudoso e estilo rural embala memórias de quem deixou tudo para trás e que, justamente nas dificuldades, ao seguir o caminho de seu chamado, encontrou a felicidade.
Há ainda a canção “O Nome mais bonito” que exalta a paz e alegria ao conhecer Jesus e ter este Nome invencível e, ao mesmo tempo acessível, cuidando de nós.
O álbum finaliza com a única canção romântica “Meu bem” que faz parte do momento da vida pessoal da cantora, pois durante as gravações do álbum casou-se.
Uma curiosidade é que a capa do novo disco é composta por uma foto feita pela própria cantora em sua casa, retratando o filhote de passarinho que ela encontrou machucado em seu quintal e que tem cuidado dele desde então.
É uma obra para se emocionar, relembrar o que é importante, ou ainda, deixar para trás “passados” e tomar um novo caminho, dançar abraçando a própria fragilidade ancorada na confiança em Deus e, principalmente, para encher de esperança quem precisa de descanso e ajuda, afinal, somos sim fracos, mas, Deus é forte e está conosco mesmo nos tempos difíceis como o que a humanidade tem passado. (2ª Coríntios 12)