“Haverá um Amanhecer”: uma mensagem de esperança na pandemia

No meio musical, de tempos em tempos, vozes dissonantes deixam de lado suas diferenças criativas e se unem em prol de um bem maior. Se você tem mais de 40 anos, deve se lembrar de “We are the world”, música-evento de influência gospel que, em 1985, congregou os maiores pop stars da época – e, por que não, de todos os tempos – a fim de arrecadar recursos para o combate à fome na África.

O meio evangélico brasileiro tem iniciativas semelhantes. Em 1991, por exemplo, Mattos Nascimento, Cristina Mel, Shirley Carvalhaes e dezenas de outros notáveis do gospel nacional, agrupados pelo radialista Paulo César Graça e Paz, dividiram os microfones no projeto “S.O.S. Vida: Adeus Drogas, Há Deus”, voltado à recuperação e evangelização de dependentes químicos.

uase 30 anos depois, a pandemia do novo coronavírus e o Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio, motivaram o capixaba Philipe Daniel a reunir em estúdio seis jovens cantores – além dele, Jeniffer Fernandes, Deborah Coelho, Rafael Steffen, Amanda de Sá e O Cabral (Banda Khorus). Na música “Haverá um Amanhecer”, cada voz tem o seu espaço para brilhar e exaltar a soberania de Deus, tema central da letra de Philipe – que também compôs a melodia.

Mas é no refrão, com o sexteto em uníssono, que versos como “Toda noite tem seu fim/ Ele prometeu conosco estar/ É Ele que enxuga o teu chorar” soam ainda mais certeiros diante de um vírus pouco conhecido da ciência e que, até o momento em que este texto é escrito, tirou quase 1 milhão de vidas ao redor do globo – 140 mil delas só no Brasil.

“A ideia foi transmitir o conceito de unidade. Queremos passar uma mensagem de esperança e de fé em Jesus em meios às adversidades”, comenta o cantor e compositor.

Para a empreitada, Philipe também escalou o tecladista Matheus Du Valle, o guitarrista e violonista Jorge Duarte (Be United, Lucas Souza Banda), o baterista Heryckson (outro integrante da Banda Khorus) e o baixista Lucas Corts. Du Valle ainda responde pela produção musical, enquanto Duarte assina a mixagem e a masterização.

O resultado é uma balada ao mesmo tempo singela e poderosa, que convida o ouvinte a entregar sua vida nas mãos de Deus, confiar e esperar, pois em breve “a noite fria vai passar”. É a música, mais uma vez, levando conforto a quem mais precisa – em tempos de Covid-19, eu, você e o mundo inteiro.

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